
Joci Batista
Nome Completo: Joci Batista
Cantor(a) / Intérprete, Compositor(a)
Nascimento: 20/03/1934
Está em atividade: Não
Falecimento: 27/12/2012
Cidade de Origem: Igreja Nova
Biografia
Joci Batista (1934–2012), natural de Penedo e registrado em Igreja Nova, foi cantor, compositor, coquista e empresário cultural. Começou ainda criança como mestre de reizado e coco, foi vaqueiro e aboiador antes de migrar para São Paulo, em 1952. Na capital paulista, tornou-se o primeiro artista nordestino a fazer sucesso com o forró, gravou cerca de 20 LPs, percorreu o Brasil em circos e feiras e empresariou grandes nomes como Luiz Gonzaga, Jackson do Pandeiro, Ary Lobo e Marinês. Carismático e irreverente, deixou sucessos como Juazeiro Verde, Na Pensão de Dona Biu e Se Divirta Conterrâneo.
Infância e juventude
Aos 10 anos, Joci Batista já era mestre de reizado e coco, inserido nas tradições populares do sertão alagoano. Trabalhou como vaqueiro e aboiador, experiências que marcaram sua identidade artística, profundamente ligada ao cotidiano do campo e ao folclore nordestino.
Migração
Em 1952, aos 17 anos, migrou para São Paulo. Trabalhou na construção civil até se firmar na música. Logo se tornou figura conhecida, aproximando-se da pensão de Dona Biu, espaço de encontro de forrozeiros e que inspiraria algumas de suas canções mais célebres.
Carreira musical
Reconhecido como showman e seguidor da escola de Jackson do Pandeiro, Joci Batista gravou cerca de 20 LPs e compactos entre 1970 e 1977. Com humor, crítica social e raízes populares, destacou-se com músicas como:
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Juazeiro Verde
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Na Pensão de Dona Biu
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Se Divirta Conterrâneo
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Saudade de Maceió
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Rei Pelé, Rei Luiz
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Vai Conhecer Penedo
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Saudade de Arapiraca
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Briga de Artista e Fofoca de Artista
Ele percorreu o Brasil em circos, cinemas, feiras e comícios, consolidando-se como representante do forró autêntico.
Empresário cultural
Além de intérprete, foi empresário de mais de 100 artistas, entre eles Luiz Gonzaga, Jackson do Pandeiro, Luiz Wanderley, Ary Lobo, Marinês, Valdick Soriano, José Augusto Sergipano e Paulo Sérgio. Essa atuação lhe deu papel central na difusão da música nordestina.
Conflitos e independência
Sua personalidade forte o levou a conflitos com gravadoras, o que em alguns momentos dificultou a continuidade de lançamentos. Nesses períodos, dedicou-se aos shows e à produção de outros artistas.
Vida pessoal
Conheceu Dilmar Sampaio em São Paulo, com quem viveu uma relação de 32 anos, da qual nasceu sua filha única, Jocilmar Batista. Nos últimos anos, se apresentou ao lado dela, que seguiu sua vocação musical.
Relações musicais
Compadre de Jackson do Pandeiro e parceiro de Durval Vieira, Rita Passos Silva, Antônio Trajano, José Carvalho, João Bôsco, Severino Ramos, Braga Neto e Reginaldo Santos.
Apoio ao Forró Alagoano
Foi grande incentivador do site forroalagoano.com, participando dos dois primeiros aniversários (2009–2010) sem cobrar cachê, e se tornando referência de generosidade e apoio ao resgate da memória cultural.
Falecimento e legado
Faleceu em 27 de dezembro de 2012, em Olinda, aos 78 anos. Foi homenageado em vida em Penedo, quando completou 78 anos, e continua lembrado como um dos maiores intérpretes do forró pé de serra, representante das tradições alagoanas e figura essencial na história da música nordestina.








Pessoas Relacionadas

Anastácia

Luiz Gonzaga
Mestres de referência
(com quem aprendeu?)
- Jackson do Pandeiro (compadre, amigo e artista empresariado)
- Durval Vieira (parceiro, referência no coco e rojão)
- Luiz Wanderley (referência no coco, regravação de Coco do Gogó da Ema)
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Discografia
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1970 – Joci Batista (LP, AMC – AMCLP 5058)
Inclui Briga de Artista, Coco do Pé, Saudade de Maceió, entre outras. -
1971 – Se Divirta Conterrâneo (LP)
Destaque: título faz referência à casa de forró de Pedro Sertanejo em São Paulo. -
1974 – Fofoca de Artista (LP)
Em parceria com Durval Vieira e João Bôsco, retrata disputas entre artistas. -
1975 – Juazeiro Verde (LP)
Inspirada no canto das catadoras de fumo em Arapiraca, uma de suas obras mais conhecidas.
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