Durval Vieira

Nome Completo: Durval Vieira

Cantor(a) / Intérprete, Compositor(a)

Está em atividade: Não

Cidade de Origem: Palmeira Dos Índios

Biografia

Durval Vieira (Palmeira dos Índios, AL, 1931 – São Paulo, 22 de setembro de 2014) foi um dos grandes compositores e intérpretes do forró brasileiro, dono de um catálogo autoral vastíssimo que marcou gerações de artistas. Natural da “Princesa do Agreste”, terra de nomes como Jacinto Silva, Carlos Moura e Irineu Nicácio, Durval tornou-se referência pela originalidade, pelo humor e pela forma como retratou a cultura popular nordestina em suas canções.

Origem e primeiros passos

Nascido em Palmeira dos Índios, Alagoas, Durval cresceu em meio à tradição musical nordestina e logo passou a compor. Sua linguagem unia o lirismo do forró pé-de-serra à irreverência típica das expressões populares, explorando gêneros como baião, xote e forró de duplo sentido.

Um compositor de repertório inesgotável

Estimativas de músicos como Edson Duarte e pesquisadores como José Lessa indicam que Durval Vieira compôs mais de 700 músicas, muitas delas gravadas por artistas consagrados. Sua obra se espalhou por discos de forrozeiros de várias gerações, tornando-se presença constante em rádios, LPs populares e palcos juninos.

Entre os artistas que gravaram suas canções estão Clemilda, Jackson do Pandeiro, Genival Lacerda, Joci Batista, João Gonçalves, Sandro Becker, Edson Duarte e até nomes da MPB como Gal Costa, que ao lado de Luiz Gonzaga registrou a canção “Tem pouca diferença” em 1984.

Obras em destaque

  • Nem que tenha três H, Arranje outra nega e Não dê a radiola (gravadas por Clemilda nos anos 1980).

  • O balanço do forró (parceria com Clemilda, título do disco de 1987 da cantora).

  • Tem pouca diferença (gravada por Luiz Gonzaga & Gal Costa, também no repertório de Genival Lacerda e Capital do Sol).

  • O preguiçoso e O Sapatão (faixas do LP O Sapatão, 1981).

  • No Dia que Eu Me Casei (Lua de Mel), LP lançado pela Copacabana em 1985, com forrós bem-humorados como Bom Mesmo é Tomar Banho e Tô com Pressa pra Casar.

  • Fede, mas é gostoso (com Zé Duarte, gravada em 1998 pelo Trio Forrozão).

Intérprete e discos próprios

Além de ser amplamente gravado, Durval também lançou discos como intérprete:

  • O Sapatão (LP, Rodeio, 1981) – produção de Pedro Sertanejo, com participação de Osvaldinho no acordeon.

  • Mais Eu (LP, 1983).

  • No Dia que Eu Me Casei (Lua de Mel) (LP, Copacabana, 1985).

Esses trabalhos consolidaram sua imagem também como cantor e ampliaram o alcance de suas composições.

Legado

Durval Vieira faleceu em São Paulo, em 22 de setembro de 2014, sendo lembrado como “uma das últimas reservas da grande geração de forrozeiros”. Seu nome permanece vivo na memória cultural de Alagoas e do Brasil, com canções que seguem sendo regravadas e interpretadas em festas juninas, festivais e gravações contemporâneas.

Durval representa a força criativa de Palmeira dos Índios e do Nordeste: um compositor que soube traduzir em música o humor, a vivência e a identidade do povo, deixando uma obra que hoje é patrimônio imaterial do forró.

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